domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sobre educação


A Educação assim como o educador, vem se transformando ao longo do tempo, oportunizando e auxiliando o educando a desenvolver estratégias de aprendizagem, acompanhando o processo evolutivo do mundo, que está em contínua mudança numa velocidade sem precedentes na história humana.
Observa-se que a Educação preocupou-se durante muito tempo em preparar o aluno para a conformidade e sobrevivência, fazendo-se necessário uma urgente transformação com o objetivo de favorecer ao educando o alcance de suas necessidades, enriquecimento das experiências e conseqüente aprendizagem, para que o mesmo esteja preparado para desenvolver-se criticamente.
A Educação constitui-se como uma via que conduz ao desenvolvimento humano mais harmonioso e autêntico, pois segundo Jacques Delors: “... a educação surge como um trunfo indispensável da humanidade na construção dos ideais de paz, liberdade e justiça social” (O professor como Educador, p 40, 2001).
Ao referir-se à Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, o relatório da UNESCO delineava os objetivos para a educação do novo milênio, enfatizando quatro aprendizagens fundamentais, nas quais a educação deve organizar-se, a saber: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Aliado a tudo isso, pode-se perceber que, com o avanço tecnológico dos dias atuais, não é mais aceitável que o professor se restrinja a repassar conteúdos que, muitas vezes para a maioria dos alunos, já estão ultrapassados em virtude da velocidade e variedade de meios com que as notícias são veiculadas.
Nesse contexto, mudanças na formação do papel docente são necessárias para que possibilitem ao professor ser capaz de traçar suas ações, abrir novas janelas para que seus alunos compreendam o mundo, atribuindo novos sentidos e criando novos saberes que contribuam para o avanço da humanidade. De maneira que, o professor-mediador deve estar aberto para mudanças na sua formação, receptivo ao novo, utilizando uma visão crítica da realidade, para auxiliar na formação de pessoas capazes de contribuir e atuar no mundo, em vez de apenas ouvir sem experimentar. O papel do educador atual passa a ser o de facilitador de todo o processo educativo, mas para tanto é necessário que a escola também se transforme, caso contrário, corre o risco de se perder, e o ser humano de perder a sua identidade.
O que não se pode esquecer é que o maior objetivo sempre é o aluno, este ser que chega até o professor tão cedo e tão sedento, cabendo ao educador, a oportunidade de indicar o caminho que o transformará em seres mais capazes de criar novos saberes a serviço de um mundo melhor.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Educação a Distância e Inclusão Social

Entende-se por educação a distância todo processo de ensino-aprendizagem onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente, mediados pelo apoio das tecnologias.
A educação a distância pode ser ministrada com aulas presenciais, semi-presenciais e a distância ou virtual. A educação presencial é aquela ministrada nos cursos regulares, onde professores e alunos estão juntos num mesmo tempo e no mesmo espaço, na sala de aula; na educação semi-presencial ocorre com uma parte das aulas presencial e outra parte a distância, através das tecnologias; e a educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas o que a caracteriza é o fato de que os professores e alunos podem estar separados fisicamente, no espaço e no tempo, porém estão juntos através das tecnologias de comunicação (internet, streaming, TV, vídeos, etc.).
A educação a distância pode ser ministrada nos mesmos níveis de ensino da educação convencional, ou seja, fundamental, médio, superior e pós-graduação, porém está mais indicada para a educação de adultos, por estes já possuírem condições de aprendizagem individual, pois nesse tipo de educação é de extrema importância o desprendimento, a responsabilidade e a autonomia como forma de desenvolver a própria aprendizagem, já que é o aluno que faz os seus horários de estudo, dentro de suas possibilidades de tempo disponível para se dedicar a esse fim. Assim aparece um dos benefícios da educação a distância, que é a flexibilidade de horário, pois não tendo horários fixos, não há perda de tempo. Em se tratando de benefícios, podemos citar também a possibilidade de acesso em lugares remotos; a qualidade dos cursos, que são ministrados por professores altamente qualificados; a evolução e a atualização do aluno bem como o desenvolvimento de sua iniciativa para gerir seus estudos.
A educação a distância surgiu no século XV quando Guttemberg inventou a imprensa, consequentemente surgindo o livro, que na época apresentou-se como uma ameaça a substituição da figura do professor. No Brasil a educação a distância teve início provável em 1904 com um curso de datilografia.
Podemos citar como exemplos de educação a distância no Brasil os cursos por correspondência, os tele cursos, os programas educativos de TV, etc.
Com o aumento das demandas educacionais e a necessidade de democratização do acesso ao ensino, a educação a distância foi incluída na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), no artigo 80, para favorecer a efetivação dos seus processos de ensino-aprendizagem.
Nos dias atuais a educação a distância vem ocorrendo praticamente em todo o mundo, tanto em nações industrializadas como em países em desenvolvimento, com modelos exclusivos de instituições de educação a distância, sendo que a maior parte dessas instituições também, oferece o ensino presencial.
As tecnologias interativas servem de bases para a educação a distância e na medida em que elas avançam , o conceito de presencialidade também se altera, havendo um intercâmbio maior de saberes, bem como um aumento no número de pessoas atendidas , propiciando assim, uma maior inclusão social na área da educação.
Quando se fala em inclusão social na educação, parte-se do princípio de que todas as pessoas devem ter acesso a ela, visto que educação implica no respeito ao outro e aos seus direitos, direito de ser diferente e de aprender segundo suas potencialidades. Conforme Mantoan (1997), incluir exige de todos nós, educadores, novos posicionamentos, modernizando a escola e fazendo com que os professores transformem suas práticas para que, de fato, todos os alunos aprendam. Trata-se de reconhecer que as dificuldades que os alunos apresentam, sendo eles, deficientes ou não, não são apenas deles, mas sim do modo como o ensino é ministrado, como a aprendizagem é concebida e como também é avaliada.
A educação a distância vem passando por uma fase de transição, havendo um predomínio da interação virtual fria, ou seja, com o uso de formulários, rotinas, provas, e-mail e alguma interação on line; assim como também muitas organizações só estão transpondo para o virtual as formas de ensinar da educação presencial. Porém, apesar disso tudo, há um avanço na educação a distância, porque a comunicação está deixando de ser off line para um mix de off e on line, com o uso das mídias interativas, mas como todo processo de mudança, esse avanço não é uniforme nem fácil, porque existe uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade e motivação das pessoas, o que interfere negativamente, e também nem todas as pessoas estão preparadas para mudanças, sendo difícil também mudar os padrões já adquiridos.
Para que a educação a distância seja promotora de inclusão social deve-se tratar a questão da influência das novas tecnologias da educação de maneira consciente e responsável; percebendo que o conceito de educação permanente tem se firmado e que todos os membros da sociedade têm que ter favorecido o acesso a essas tecnologias para possam se comunicar, operar equipamentos e se tornarem capazes de tomar decisões num mundo onde as informações aumentam a todo o momento. Faz-se também necessário, que sejam realizadas políticas públicas que possibilitem o acesso de toda a população às novas tecnologias da informação e que estas possam ser utilizadas para correção de distorções sociais e na promoção de uma maior participação dos cidadãos na vida pública de seu país.

A relevância da Lingüística para a docência

A preocupação com a comunicação humana e consequentemente com a linguagem data da época antes de Cristo, onde os estudiosos discutiam sua origem, sua concepção, sua forma de percepção e transmissão, surgindo assim diversos conceitos a esse respeito.
Sabendo-se que uma das funções da escola é possibilitar ao aluno o domínio da língua padrão, para que ele se torne competente ao usar a língua falada como também a escrita, a lingüística torna-se uma disciplina de fundamental importância para possibilitar ao professor um conhecimento mais estruturado, profundo e científico sobre a língua, como esta se constitui e funciona enquanto instrumento de comunicação social e histórica.
A lingüística é a parte do conhecimento mais debatida no mundo acadêmico e trata especificamente de questões relacionadas à aquisição da linguagem com suas fases de desenvolvimento, bem como seus princípios gerais; da gramática e dos níveis de estruturação da língua.
Sendo o Brasil um país muito extenso, com diversas variações culturais, sofre também variações lingüísticas que muitas vezes não são consideradas, gerando daí um problema grave existente no nosso país, que é o preconceito lingüístico.
Quando na escola a língua materna se modifica para que se aproxime da língua da gramática normativa, ou seja, a linguagem culta, padrão, acontece vários fenômenos lingüísticos, que são muitas vezes considerados erros, por parte do professor, pois a língua perde traços da língua materna e ganha marca da língua culta; sem serem consideradas as marcas da oralidade na hora em que se corrige as produções escritas dos alunos, pois ao escreverem, estes alunos ainda podem não dominar os conceitos preestabelecidos em relação à representação da língua, o que vai de encontro às idéias de Paulo Freire que afirma que quando se trata da língua falada, precisamos rever conceitos e nos desfazer de alguns preconceitos, sendo importante respeitar a linguagem do aluno, porém mostrando-lhe que existe uma outra forma de comunicação e que ele precisa dominar, para que não seja discriminado na sociedade letrada.
Com tudo isso, podemos perceber que a lingüística enquanto disciplina é essencial para que, nós educadores, possamos facilitar a cada educando a busca de seu caminho, visualizando também outras possibilidades para o papel do professor, bem como, a relação professor-aluno, o modo de tratar e encarar o conhecimento, aqui especificamente em relação à língua, para que tenhamos assim uma verdadeira educação de qualidade.
A relevância da Lingüística para a docência


A preocupação com a comunicação humana e consequentemente com a linguagem data da época antes de Cristo, onde os estudiosos discutiam sua origem, sua concepção, sua forma de percepção e transmissão, surgindo assim diversos conceitos a esse respeito.
Sabendo-se que uma das funções da escola é possibilitar ao aluno o domínio da língua padrão, para que ele se torne competente ao usar a língua falada como também a escrita, a lingüística torna-se uma disciplina de fundamental importância para possibilitar ao professor um conhecimento mais estruturado, profundo e científico sobre a língua, como esta se constitui e funciona enquanto instrumento de comunicação social e histórica.
A lingüística é a parte do conhecimento mais debatida no mundo acadêmico e trata especificamente de questões relacionadas à aquisição da linguagem com suas fases de desenvolvimento, bem como seus princípios gerais; da gramática e dos níveis de estruturação da língua.
Sendo o Brasil um país muito extenso, com diversas variações culturais, sofre também variações lingüísticas que muitas vezes não são consideradas, gerando daí um problema grave existente no nosso país, que é o preconceito lingüístico.
Quando na escola a língua materna se modifica para que se aproxime da língua da gramática normativa, ou seja, a linguagem culta, padrão, acontece vários fenômenos lingüísticos, que são muitas vezes considerados erros, por parte do professor, pois a língua perde traços da língua materna e ganha marca da língua culta; sem serem consideradas as marcas da oralidade na hora em que se corrige as produções escritas dos alunos, pois ao escreverem, estes alunos ainda podem não dominar os conceitos preestabelecidos em relação à representação da língua, o que vai de encontro às idéias de Paulo Freire que afirma que quando se trata da língua falada, precisamos rever conceitos e nos desfazer de alguns preconceitos, sendo importante respeitar a linguagem do aluno, porém mostrando-lhe que existe uma outra forma de comunicação e que ele precisa dominar, para que não seja discriminado na sociedade letrada.
Com tudo isso, podemos perceber que a lingüística enquanto disciplina é essencial para que, nós educadores, possamos facilitar a cada educando a busca de seu caminho, visualizando também outras possibilidades para o papel do professor, bem como, a relação professor-aluno, o modo de tratar e encarar o conhecimento, aqui especificamente em relação à língua, para que tenhamos assim uma verdadeira educação de qualidade.